quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Salmo 73:O Dilema de Asafe

O Salmo 73 trata de um dilema muito grande entre muitos cristãos: 'se somos filhos de Deus, porque nem sempre prosperamos e sim os ímpios?' Realmente é um problema que têm trazido várias inquietações à inúmeras pessoas dentro das Igrejas e que às vezes até abandonam a própria fé. O salmista Asafe ao comparar suas dificuldades com a prosperidade e felicidade de muitos ímpios ficou por um tempo, totalmente desanimado. Ele deixa claro isso no vs. 2 e 3: "os meus pés quase que se desviaram (...) Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios." Mais à frente, com certeza tomado de enorme angústia, faz uma afirmação, muitas vezes repetidas no íntimo de muitos crentes nos dias de hoje: "Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência."(vs 13) E desabafando de forma queixosa, reclama por estar passando dificuldades e duvida se vale a pena continuar acreditando e servindo ao Deus Todo-Poderoso: "Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã." (vs 14) Mas quando ele resolve buscar as respostas do próprio Deus, o Senhor revela o fim dos ímpios e a verdadeira recompensa dos justos: "Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles." (vs 17-20) Deus então mostra para ele a diferença entre os Seus servos e aqueles que vivem firmados nas coisas terrenas. Asafe agora pode compreender que o plano de salvação eterna reservado à todos que seguem ao Senhor e faz a Sua vontade é o que somente importa. O salmista agora proclama em alto e bom som: "Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti."(vs25) e finaliza de forma grandiosa: "A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre."(vs 26) E compreende o mais importante: que se supervalorizasse as coisas terrenas e humanas, certamente continuaria frustrado e desanimado. É como afirma o Apóstolo Paulo: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens."(1 Cor 15:19) Portanto, não importa que ímpio prospere: nossa riqueza maior e única é o próprio Deus, Sua Palavra e Seu Espírito. A nossa vida, a nossa existência é Ele! Não importa a situação que estamos vivendo, e sim podermos ratificar a afirmação do Profeta Habacuque : "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação." (Hc 3:17,18).

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