segunda-feira, 19 de março de 2012

ultimos tempos, homens amantes de si mesmo

2 Timóteo 3 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

Por que Quatro Evangelhos?

Por que Quatro Evangelhos? Porque um ou dois não seriam suficientes para nos dar uma apresentação perfeita da glória e excelência do Nosso abençoado Senhor. Os quatro evangelhos retratam a pessoa e a obra de nosso Salvador de uma forma distinta, a fim de ilustrar o propósito de cada evangelista, assim como faríamos se quiséssemos escrever um livro sobre um personagem importante, mas tivéssemos que abordar vários aspectos do seu caráter. Quatro escritores se empenhariam em obter material específico que os ajudassem a detalhar, o mais fiel possível, o caráter deste personagem, ou seja: sua vida doméstica, religiosa, profissional e também seu lazer. Num primeiro momento, isto seria visto como quatro biografias, embora estivéssemos falando do mesmo homem, visto em diferentes áreas do seu relacionamento. Portanto, cada escritor se restringiria a detalhar aquilo que é relevante para sua parte da biografia, por exemplo:os detalhes da vida doméstica não são relevantes para o escritor que detalha a vida profissional, assim como o escritor que detalha seu lazer, obter informações sobre sua vida religiosa. O exemplo acima serve para ilustrar o que temos nos quatro evangelhos. Em Mateus, Cristo é apresentado como Filho de Davi, o Rei dos Judeus, e tudo em sua narrativa é centrado nesta verdade. Isto explica porque o primeiro Evangelho começa descrevendo a realeza da genealogia de Cristo, e porque no segundo capítulo é mencionada a vinda dos magos do oriente perguntando: Onde está aquele que é nascido rei dos Judeus? (Mateus 2:1), como também nos capítulos 5 até aos 7, temos o Sermão da Montanha, que na verdade, se trata de um manifesto real, contendo a enunciação das leis do Seu Reino. Em Marcos, Cristo é retratado como Servo de Jeová, como um que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. Tudo neste segundo evangelho contribui para este tema central e tudo o que não condiz com este tema é excluído. Isto explica a razão de não termos o relato de nenhuma genealogia neste evangelho e porque Cristo já é introduzido no início do seu ministério público (nada nos é dito a respeito de sua vida anterior), e porque há mais milagres (obras de serviço) detalhados aqui do que em outro evangelho. Em Lucas, Cristo é declarado Filho do Homem, estando ligado, porém contrastado com os filhos dos homens. Tudo em sua narrativa serve para ilustrar isto. Isto explica porque o terceiro evangelho traça a Sua genealogia de volta a Adão, o primeiro homem (ao invés de Abraão, como em Mateus), porque como homem perfeito Ele é visto freqüentemente em oração, e porque os anjos são vistos ministrando para Ele, ao invés de serem comandados por Ele, como visto em Mateus. Em João, Cristo é revelado como Filho de Deus, e tudo neste quarto evangelho tem a finalidade de ilustrar e demonstrar este relacionamento divino. Isto explica porque na abertura do primeiro versículo nós somos levados de volta a um ponto antes do tempo se iniciar, onde Cristo é retratado como o Verbo “no Princípio”, com Deus e Ele mesmo sendo expressamente declarado ser Deus. Porque nós temos aqui muitos dos seus títulos, como: O Unigênito do Pai, O Cordeiro de Deus, A Luz do Mundo etc.; Porque nos é dito que a oração deve ser feita em seu nome (João 14:13-14); Porque o Espírito Santo seria enviado pelo Filho tanto quanto pelo Pai (João 14:26, 16:7). É extraordinário notar que as quatro apresentações de Cristo nos evangelhos foram indicadas de maneira muito específica através do Velho Testamento. Em Jeremias 23:5 Lemos: Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Este verso cai como uma luva no Evangelho de Mateus. Em Zacarias 3:8 Lemos: Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o RENOVO. Este verso poderia ser o título do segundo Evangelho. Em Zacarias 6:12 Lemos: E fala-lhe, dizendo:Assim diz o SENHOR dos Exércitos:Eis aqui o homem cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do SENHOR. Quão apropriadamente este verso se encaixa com a descrição de Lucas. Em Isaías 4:2 Lemos: Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. Compare este versículo com João 1:14: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Em Êxodo 26:31 e 32 o Véu, composto de quatro cores e sustentado sobre quatro colunas: Depois farás um véu de azul, e púrpura, e carmesim, e de linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E colocá-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata. Em Hebreus 10:19 e 20 Lemos: Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, Os quatro pilares de madeira recoberta de ouro representam a humanidade e divindade de Cristo, que são perfeitamente retratadas nos Evangelhos. João 1:14: E o Verbo se fez carne, e habitou (Tabernaculou) entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Compare Ezequiel 10:9 a 14 – com Apocalipse 4:6-9 Ezequiel 10:9 a 14: Então olhei, e eis quatro rodas junto aos querubins, uma roda junto a um querubim, e outra roda junto a outro querubim; e o aspecto das rodas era como a cor da pedra de berilo. E, quanto ao seu aspecto, as quatro tinham uma mesma semelhança; como se estivesse uma roda no meio de outra roda. Andando estes, andavam para os quatro lados deles; não se viravam quando andavam, mas para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse seguiam; não se viravam quando andavam. E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, as suas asas e as rodas, as rodas que os quatro tinham, estavam cheias de olhos ao redor. E, quanto às rodas, ouvindo eu, se lhes gritava:Roda! E cada um tinha quatro rostos; o rosto do primeiro era rosto de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e do terceiro era rosto de leão, e do quarto, rosto de águia. Apocalipse 4:6-9: E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo:Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir. E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os quatro animais descritos em apocalipse (ou querubins) juntamente com a passagem de Ezequiel, nos descrevem o caráter de Cristo retratado nos quatro Evangelhos. Leão, Bezerro, Rosto como de Homem e Águia. 1. Leão – Rei dos animais – é ideal para retratar a realeza de Cristo, assim como o Evangelho de Mateus, Filho de Davi, Rei dos Judeus – Cristo é chamado de o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi (Apoc. 5:5). 2. Bezerro ou Boi Jovem - Este animal representa muito adequadamente a Cristo, assim como Ele é representado no segundo Evangelho. Pois o boi era o principal animal utilizado, pela nação de Israel, no serviço. Assim Cristo se fez servo de Jeová em nosso favor. 3. Rosto de Homem – Este animal corresponde ao terceiro Evangelho onde a humanidade de Cristo está em evidência. 4. Águia Voando – Quão significativo é isto! Os primeiros animais, Leão, Bezerro, Rosto de homem, todos pertencem a terra, assim como os três primeiros evangelhos enfatizam a Cristo no seu relacionamento terreno, mas este quarto querubim, está acima da terra e contemplando os céus. A Águia é um pássaro que se eleva ao ponto mais alto, simbolizando assim o caráter de Cristo descrito no Evangelho de João, como Filho de Deus. Assim também podemos contemplar a sabedoria de Deus na seleção dos quatro escritores dos evangelhos. Em cada um deles podemos ver a aptidão e peculiaridade para cumprimento adequado de suas tarefas. Mateus é o único entre os quatro escritores dos Evangelhos que apresenta Cristo em um relacionamento “oficial”, ou seja, como o Messias e Rei de Israel. Ele era o único dos quatro que ocupava uma posição oficial (Mateus 9:9; 10:1-3), pois Lucas era médico e João, pescador. Mateus era um cobrador de impostos trabalhando para os Romanos. Mateus apresenta Cristo em conexão com o reino, como alguém que possui um título para reinar sobre Israel. Quão apropriado era para aquele que ocupava uma posição oficial, acostumado a olhar para um vasto império, receber esta tarefa. Os Romanos designavam oficiais entre os próprios Judeus, para cobrarem impostos de seus compatriotas, por isso eles eram mais odiados do que os próprios Romanos. Sendo assim, ele entendia muito bem o que era ser odiado sem causa, desprezado e rejeitado. Finalmente, se Deus apontou este homem, cuja chamada o ligava aos Romanos, temos então uma evidência clara da graça de Deus alcançando aos desprezados gentios. O Evangelho de Marcos coloca diante de nós o Servo de Jeová, o trabalhador perfeito. O instrumento escolhido para escrever este segundo Evangelho desempenhava uma função que o capacitava para tal tarefa, pois ele não era um apóstolo, mas antes, um servo de um dos apóstolos. II Timóteo 4:11: Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério. Sendo assim, aquele que retratou nosso Senhor como Servo de Deus, era um que pessoalmente ministrava á outros! O Evangelho de Lucas trata com a Humanidade de nosso Senhor, apresentando-o como Filho do Homem, relacionado com os homens, porém em profundo contraste com os mesmos. Este Evangelho é um dos que apresenta o relato mais completo da nascimento virginal de Cristo. Também revela mais completamente do que outros o estado depravado e caído da natureza humana. É o Evangelho mais “internacional” em seu escopo do que os outros três, sendo maiormente dirigido aos Gentios do que aos Judeus. Observe o quão apropriado foi a escolha de Lucas para escrever este Evangelho. Ele não era pescador e nem cobrador de impostos, mas um médico (Colossenses. 4:14), e como tal, um estudante da natureza humana e um que sabia diagnosticar a estrutura humana. Além de que, há uma boa razão para acreditarmos que Lucas não era Judeu, mas Gentio, apresentando Cristo não como “Filho de Davi”, mas como “Filho do Homem.” O Evangelho de João apresenta Cristo num caráter mais íntimo que todos os outros, retratando-o num relacionamento Divino, mostrando que Ele era o Filho de Deus. Esta tarefa exigia o chamado de um homem com alto grau de espiritualidade e também que fosse intimo em seu relacionamento com nosso Senhor, alguém dotado de um incomum discernimento espiritual. Certamente João, que estava mais próximo do Salvador do que os outros doze, e era o discípulo amado, foi bem escolhido. Quão apropriado era, para aquele que se reclinava no seio de Jesus, ser o instrumento para retratá-lo como “O Unigênito Filho de Deus”, que está no seio do Pai! Assim, podemos admirar e entender a multiforme sabedoria de Deus em equipar estes quatro Evangelistas neste trabalho tão honroso.